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Meu Ser Imanente

1ª PARTE

Prólogo

Meu nome é Kaya D'Kahá-la Nasci Bruxa de pai e mãe! Os dois eram bruxos celtas. Em tempo algum meu coração acalentou ódio até o fatídico dia que saberás com o passar da história que vou lhes contar. Meu caminho foi traçado na minha adolescência para que na minha maturidade, eu não asfixiasse a minha criança interior. Para que o meu sorriso fosse sempre verdadeiro e as pedras do meu caminho fossem encaradas como lições de vida. A música era minha companheira dos momentos secretos comigo mesmo. Os meus momentos de amor continham a magia da minha alma eterna.

Era como se meus olhos fossem dois sois apreciando a luz da vida em cada amanhecer, mesmo que estivesse o tempo chuvoso ou com tempestades, o dia era um amanhecer feliz onde minha alma dançava deixando na marca dos meus passos a trilha luminosa da minha passagem, para que em cada coração que eu pisasse celebrassem em festa o canto da amizade profunda. Nos meus momentos de solidão e cansaço, tinha sempre no meu coração: "que tudo passa, tudo se transforma" quando a alma é grande e generosa.

Eu voava nas asas da espiritualidade consciente da ternura invisível tocando o centro do meu ser eterno com um suave acalanto que me acompanhava na terra e no espaço ou onde quer que o imanente levasse o meu viver. Meu ser era pleno de paz e de luz... .

Até que em uma noite triste enquanto eu colhia flores para as bruxas prepararem as magias... algo inusitado ocorreu...

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O FEITIÇO

***

"Era uma noite tristonha, em que Lilith reinava e nesse dia não houve lua".

Eu caminhava pela floresta apanhando ervas para as bruxas de minha tribo, quando alguns cavalheiros elfos guerreiros do mundo fora dos portões Etéreos invadiram a floresta atrás de alguém, eles procuravam esta pessoa com tochas e com cães. Tentando encontrar um abrigo para não ser pega pelos elfos guerreiros. Eu tentava me esconder quando vi alguém, caído, de bruços ali, largado no meio da floresta, vestindo um capuz marrom surrado, e uma indumentária de guerra por baixo. Cheguei perto dele , e perguntei se ele estava ferido e se era a ele quem os elfos procuravam. O ser não me respondeu olhou-me com um ar de tristeza e impressionado talvez com a minha pele que era muito branca. Me abaixei junto dele e ofereci a mão para que ele levantasse e se escondesse comigo ou seria pego. O ser continuou a olhar-me incrédulo. Ele não entendia o que me levava a estender a mão para ele sem ao menos conhecê-lo. Como se entendesse o que se passava na cabeça dele, eu sorri... e disse: = Tudo bem pode confiar em mim. Ele, ainda sem entender aquele sorriso, aceitou minha mão... Ficamos nos olhando, depois ele aceitou que eu o aparasse para levantar. Neste momento o capuz dele caiu. E eu pude ver impressionada, as orelhas dele, eram belas e pontudas, rentes ao crânio, ostentando guizos que tilintavam quando ele cambaleava. O que indicava que era um elfo; Era tão jovem e já trazia marcas em seu rosto, cicatrizes de alguma batalha... Estava cansado e pelo jeito que olhava para minha cesta de ervas , também estava com fome. Eu continuei sorrindo, para mantê-lo calmo e para que ele confiasse em mim. Ao lhe oferecer umas ervas reparei que lágrimas saiam dos olhos do elfo. Então em um relance acariciei a face dele, retirando toda dor que dele se apoderava, fazendo-o se acalmar imediatamente. Ele percebeu que aquilo, se tratava da magia de uma bruxa, uma doce bruxa, da qual ele nunca pensara ser possível conhecer. Eu com doçura ainda tentava fazê-lo sorrir e fui levada de súbito por uma incrível vontade de beijá-lo... O elfo, que já estava se acalmando na caverna que eu o levara fechou os olhos e, conseguiu sentir os sentimentos que vinham de mim. Sentimentos ternos, puros imanentes. Nó percebemos naquele instante que isso era encanto de longos tempos, Tivemos a certeza de que em algum momento das nossas vidas, já havíamos nos pertencido... Um ao outro.

Levados por esse doce sentimento nos beijamos.. Aquela noite mudou completamente a nossa vida ... “Completamente...” O elfo que estava perdido depois de ser ferido em batalhas e sem condições de usar magia. Ficou entre nós as bruxas do Leste. Nós cuidamos de seus ferimentos e de seu espirito. Quando ele se recuperou, lembrou de tudo, Nos disse que se chamava: Elendil Elessar. Que estava aperfeiçoando seus poderes para ser o sucessor do Rei dos Elfos negros: "Elrohir o Rei atual que ea seu pai e mentor "! Mesmo assim Elendil ficou conosco" Afinal era um jeito de ficar perto de mim e continuar vivendo aquele amor que nos envolvia completamente nos fazendo esquecer nossos deveres e obrigações, Porque eu era nada menos que a jovem filha da grande mãe das bruxas a quem eu logo seria a sucessora também. Elendil era um mago. E as bruxas do leste gostavam dele. era um bom elfo e ajudava-nos no que podia. Algumas luas depois nós o sagramos "Bruxo mestre do Clã das bruxas do Leste". A história se espalhou por toda floresta e Elrohir foi até Kaha-la reclamar seu filho. O reino estava em guerra e precisavam dele como guerreiro e como Mago. Elendil que ainda era Jovem, mesmo sendo sábio e um grande mago além de guerreiro. Não quis ir embora. Nem diante de toda explicação de seu pai dizendo que precisava dele. Que o Reino elfico precisava dele com urgência. Elendil não arredava o pé de junto de nós.

Essa sua negativa fez com que descobrissem sobre o nosso amor e a ligação dele com a sucessora da “Grande Mãe”.... Assim como eu, Elendil também era sucessor do rei dos elfos. Os dois tinham responsabilidades que precisavam ser cumpridas. Teríamos que desistir do nosso amor porque o povo élfico não aceitaria uma bruxa como rainha. Sem saber o que fazer sobre isso Elrohir e Kaha-la marcaram uma reunião secreta para chegarem a um acordo. Kaha-la disse ao elfo:

- Voces não aceitarão minha filha e ela não pode ser amante de seu filho, temos que fazer algo.

- Meu filho é mago Senhora! Saberá se fizermos algo contra eles e não me perdoará.

Respondeu Elrohir consciente do poder de Elendil e não queria perdê-lo. Seu pai o amava sobre todas as coisas. Kaha-la então, como mulher e responsável teve a grande ideia:

- Preciso fazer o feitiço do esquecimento ele irá se lembrar somente do que aconteceu até o momento do ataque dos guerreiros elfos e não lembrará do que sente por minha filha nem ela por ele..

- O que eu preciso fazer?

Pergunta Elrohir preocupado com o que acontecerá depois. Kaha-la pensa um pouco e diz:

- Quando uma bruxa sai para colher ervas... Ela passa por caminhos de outro mundo. Você deverá prendê-la por esses portais enquanto levamos Elendil ao local em que ele foi atacado. Faremos o feitiço do esquecimento nesta clareira e depois ele ficará entre nós por alguns dias sem conhecer Kaya para não haver suspeitas... Ela estará presa entre os mundos com voces. Nesse ínterim, você vem reclamar seu filho, como nada além de amizade, o prenderá entre nós ele ira com você e será seu guerreiro coo deve ser.

- E sua filha minha Senhora?

- Quando Kaya voltar ao Clã, nós faremos o feitiço do esquecimento também com ela. Será como se eles nunca houvessem se conhecido. Só haverá um problema Elrohir.

- Qual Senhora Kahá-la?

Pergunta Elrohir apreensivo.

- Nossos filhos sempre sentirão algo quando se encontrarem, sem saber o que seja. Será como uma grande força que os puxará um de encontro ao autro. Afinal amor não se desmancha, somente podemos camuflar.

E assim foi durante muito tempo....

.....

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